Faz três anos que retornei à minha raiz, voltei a morar na minha cidade natal. Tive meu filho, vou ter mais um... Casei, compramos nossa casa... Cultivo meu jardim, comecei a horta... Trabalho, vou no café de uma amiga degustar um bom gourmet. Leio meu jornal, minha revista, dou aulas... Caminho. Esta música um dia tocou lá no radinho do meu paizinho... ai gente, chorei. Vou falar foi a escolha mais acertada deste mundo voltar para cá! Hoje com a geada no campo, a emoção foi intensa, deixou sem ar. Paizinho amado, canta aí do céu comigo... Você que me dava a mão para ir na escolinha bem cedo, no meio da geada ( a gente não tinha carro não naquela época...) e trazia tanto amor pra sua filhota aqui!
Saudade De Minha Terra
Chitãozinho & Xororó
Composição: (Goiá/Belmonte)
De que me adianta viver na cidade
Se a felicidade não me acompanhar
Adeus, paulistinha do meu coração
Lá pro meu sertão, eu quero voltar
Ver a madrugada, quando a passarada
Fazendo alvorada, começa a cantar
Com satisfação, arreio o burrão
Cortando o estradão, saio a galopar
E vou escutando o gado berrando
O Sabiá cantando o jequitibá
Por nossa senhora,
Meu sertão querido
Vivo arrependido por ter deixado
Esta nova vida aqui na cidade
De tanta saudade, eu tenho chorado
Aqui tem alguém, diz
Que me quer bem
Mas não me convém,
Eu tenho pensado
Eu digo com pena, mas esta morena
Não sabe o sistema que eu fui criado
To aqui cantando, de longe escutando
Alguém está chorando,
Com o rádio ligado
Que saudade imensa do
Campo e do mato
Do manso regato que
Corta as Campinas
Aos domingos ia passear de canoa
Nas lindas lagoas de águas cristalinas
Que doce lembrança
Daquelas festanças
Onde tinham danças e lindas meninas
Eu vivo hoje em dia sem Ter alegria
O mundo judia, mas também ensina
Estou contrariado, mas não derrotado
Eu sou bem guiado pelas
mãos divinas
Pra minha mãezinha já telegrafei
E já me cansei de tanto sofrer
Nesta madrugada estarei de partida
Pra terra querida que me viu nascer
Já ouço sonhando o galo cantando
O inhambu piando no escurecer
A lua prateada clareando a estrada
A relva molhada desde o anoitecer
Eu preciso ir pra ver tudo ali
Foi lá que nasci, lá quero morrer