quinta-feira, fevereiro 12, 2009

O despertar da consciência

O despertar da consciência humana ultrapassa qualquer outro objetivo que possamos buscar em nossas vidas, pois, ele é indiferente à nossa vontade. Se percebermos ao nosso redor o movimento das pessoas e manifestações da natureza compreenderemos, mesmo que minimamente, um sentido alheio àquilo que consideramos nossa vontade racional.
Muitos pesquisadores do comportamento e mente humana procuraram por meio de seus estudos empíricos ou não demonstrar que o homem possuí uma dinâmica de pensamento, condicionamentos, sentimentos, sendo a combinação destes muitos fatores complexos expressão de sua singularidade ou individualidade. Mergulhados em um oceano de informações como pode o homem comum estar integrado com sua busca? Não seria apenas sorte?
A sensação de entrar em uma livraria ou acessar a internet para mim é assustadora. Inundamos a visão com muitas palavras, imagens, sons, rostos... Em meio a tanta informação porque diríamos que estamos sendo eruditos pesquisadores? A impressão é que nos perdemos mais do que antes na escuridão de nossas mentes. O que é nossa mente? Quem de nós já obteve uma resposta da ciência e seus doutores? Eles nos divulgam algo? Em quais prateleiras de universidades devemos pesquisar tais teses que nos expliquem o que somos, ou para que fomos criados. Fomos de fato criados por um Deus?
Abandonados a moralidade das religiões provocamos guerras ideológicas e assistimos muitas outras que afetam profundamente a possibilidade de realização de uma vida pacífica entre povos. Porque não podemos ou não queremos, saber mais de nós mesmos, porque velamos nossa consciência, nosso estado natural de conexão a tudo que está posto.
O que deforma este estado natural de consciência? O homem precisa destituir a si próprio para compreender a criação. A que custo? Quantas vezes o mais simples trabalhador fez esta mesma questão que o grande cientista. Dolorosa destituição esta que não nos permite mais olhar espontaneamente o semelhante, sentir a natureza e essência do ser. A divisão cartesiana também provoca e permite que sejamos vítimas mais de nossas pulsões do que de nossa própria vida. È materialmente palpável o ser para que possa servir espiritualmente à Deus?
Quem de fato é Deus, quais são as regras? Sentimentos oriundos de nossa percepção são estradas iniciais ao caminhante.
Olhar nos olhos de alguém que não o próprio eu reponde a impressão mais profunda de nossa consciência de que há existência. Não somente esta que é palpável, mas, a outra que é sentida através do palpável