terça-feira, junho 28, 2011

Faz três anos que retornei à minha raiz, voltei a morar na minha cidade natal. Tive meu filho, vou ter mais um... Casei, compramos nossa casa... Cultivo meu jardim, comecei a horta... Trabalho, vou no café de uma amiga degustar um bom gourmet. Leio meu jornal, minha revista, dou aulas... Caminho. Esta música um dia tocou lá no radinho do meu paizinho... ai gente, chorei. Vou falar foi a escolha mais acertada deste mundo voltar para cá! Hoje com a geada no campo, a emoção foi intensa, deixou sem ar. Paizinho amado, canta aí do céu comigo... Você que me dava a mão para ir na escolinha bem cedo, no meio da geada ( a gente não tinha carro não naquela época...) e trazia tanto amor pra sua filhota aqui!

Saudade De Minha Terra

Chitãozinho & Xororó

Composição: (Goiá/Belmonte)








De que me adianta viver na cidade

Se a felicidade não me acompanhar

Adeus, paulistinha do meu coração

Lá pro meu sertão, eu quero voltar

Ver a madrugada, quando a passarada

Fazendo alvorada, começa a cantar

Com satisfação, arreio o burrão

Cortando o estradão, saio a galopar

E vou escutando o gado berrando

O Sabiá cantando o jequitibá



Por nossa senhora,

Meu sertão querido

Vivo arrependido por ter deixado

Esta nova vida aqui na cidade

De tanta saudade, eu tenho chorado

Aqui tem alguém, diz

Que me quer bem

Mas não me convém,

Eu tenho pensado

Eu digo com pena, mas esta morena

Não sabe o sistema que eu fui criado

To aqui cantando, de longe escutando

Alguém está chorando,

Com o rádio ligado



Que saudade imensa do

Campo e do mato

Do manso regato que

Corta as Campinas

Aos domingos ia passear de canoa

Nas lindas lagoas de águas cristalinas

Que doce lembrança

Daquelas festanças

Onde tinham danças e lindas meninas

Eu vivo hoje em dia sem Ter alegria

O mundo judia, mas também ensina

Estou contrariado, mas não derrotado

Eu sou bem guiado pelas

mãos divinas



Pra minha mãezinha já telegrafei

E já me cansei de tanto sofrer

Nesta madrugada estarei de partida

Pra terra querida que me viu nascer

Já ouço sonhando o galo cantando

O inhambu piando no escurecer

A lua prateada clareando a estrada

A relva molhada desde o anoitecer

Eu preciso ir pra ver tudo ali

Foi lá que nasci, lá quero morrer