terça-feira, dezembro 28, 2010

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Amigos;



2010 foi um ano de muita emoção com a chegada de meu filho GUILHERME JOSÉ em abril. Este menino com sorriso largo e olhos cor de céu trouxe para mim e meu esposo um sentimento profundo de AMOR e PAZ! Somos uma família de verdade agora!!!!


O nome de meu filho homenageia meu pai GUILHERME FRANÇA e o pai de meu esposo JOSÈ TURNES. Meu esposo Rodrigo foi quem tomou esta decisão, pois, pensei na época que seria ele o pai de meu filhinho quem deveria decidir.


Agora, com o falecimento de do vovô GUILHERME FRANÇA, temos o nosso Guilherme José para lembrá-lo no momento que pronunciamos seu nome para dar-lhe comidinhas, afagos, cuidados, educação e muito, muito amor!!!!


Deus sabe os caminhos e o melhor para cada um de nós. AMEI e AMO meu pai com o mais profundo sentimento e digo a vocês meus queridos, OBRIGADA por todo o carinho que recebi neste mopmento de despedida. Na foto nosso Guilherminho está dando tchau! pro vovô e dizendo para ele que temos o MAIOR E MAIS BONITO amor do mundo!!!!


Não esqueçam, AMEM, AMEM, AMEM e PERDOEM! O PERDÃO resgata e o AMOR ressuicita!


O NATAl É AMOR!!!!


MEU CORAÇÃO SOMENTE VIBRA NO AMOR!!!!!





Cristiane França Turnes, Rodrigo Turnes e Guilherminho!!!

sábado, dezembro 04, 2010


De que me adianta temer o que já aconteceu? O tempo do medo já aconteceu, agora, começa o tempo da esperança...




Paulo Coelho

quinta-feira, novembro 11, 2010


Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor... Lembre-se. Se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor com ele você conquistará o mundo.







Albert Einstein

quarta-feira, outubro 06, 2010


A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.
Vinícius de Moraes

domingo, agosto 29, 2010

Suely Rolnik – Cartografia Sentimental

"Encontrar é achar, é capturar, é roubar, mas não há método para achar, só uma longa preparação. Roubar é o contrário de plagiar, copiar, imitar ou fazer como. A captura é sempre uma dupla-captura, o roubo, um duplo-roubo, e é isto o que faz não algo de mútuo, mas um bloco assimétrico, uma evolução a-paralela, núpcias sempre 'fora' e 'entre'."

- Gilles Deleuze e Claire Parnet, Dialogues

Cartografia: uma definição provisória

Para os geógrafos, a cartografia-diferentemente do mapa, representação de um todo estático-é um desenho que acompanha e se faz ao mesmo tempo que os movimentos de transformação da paisagem.

Paisagens psicossociais também são cartografáveis. A cartografia, nesse caso, acompanha e se faz ao mesmo tempo que o desmanchamento de certos mundos-sua perda de sentido-e a formação de outros: mundos que se criam para expressar afetos contemporâneos, em relação aos quais os universos vigentes tornaram-se obsoletos.

Sendo tarefa do cartógrafo dar língua para afetos que pedem passagem, dele se espera basicamente que esteja mergulhado nas intensidades de seu tempo e que, atento às linguagens que encontra, devore as que lhe parecerem elementos possíveis para a composição das cartografias que se fazem necessárias.

O cartógrafo é antes de tudo um antropófago.

O cartógrafo

A prática de um cartógrafo diz respeito, fundamentalmente, às estratégias das formações do desejo no campo social. E pouco importa que setores da vida social ele toma como objeto. O que importa é que ele esteja atento às estratégias do desejo em qualquer fenômeno da existência humana que se propõe perscrutar: desde os movimentos sociais, formalizados ou não, as mutações da sensibilidade coletiva, a violência, a delinqüência. . . até os fantasmas inconscientes e os quadros clínicos de indivíduos, grupos e massas, institucionalizados ou não.

Do mesmo modo, pouco importam as referências teóricas do cartógrafo. O que importa é que, para ele, teoria é sempre cartografia-e, sendo assim, ela se faz juntamente com as paisagens cuja formação ele acompanha (inclusive a teoria aqui apresentada, naturalmente). Para isso, o cartógrafo absorve matérias de qualquer procedência. Não tem o menor racismo de freqüência, linguagem ou estilo. Tudo o que der língua para os movimentos do desejo, tudo o que servir para cunhar matéria de expressão e criar sentido, para ele é bem-vindo. Todas as entradas são boas, desde que as saídas sejam múltiplas. Por isso o cartógrafo serve-se de fontes as mais variadas, incluindo fontes não só escritas e nem só teóricas. Seus operadores conceituais podem surgir tanto de um filme quanto de uma conversa ou de um tratado de filosofia. O cartógrafo é um verdadeiro antropófago: vive de expropriar, se apropriar, devorar e desovar, transvalorado. Está sempre buscando elementos/alimentos para compor suas cartografias. Este é o critério de suas escolhas: descobrir que matérias de expressão, misturadas a quais outras, que composições de linguagem favorecem a passagem das intensidades que percorrem seu corpo no encontro com os corpos que pretende entender. Aliás, "entender", para o cartógrafo, não tem nada a ver com explicar e muito menos com revelar. Para ele não há nada em cima-céus da transcendência-, nem embaixo-brumas da essência. O que há em cima, embaixo e por todos os lados são intensidades buscando expressão. E o que ele quer é mergulhar na geografia dos afetos e, ao mesmo tempo, inventar pontes para fazer sua travessia: pontes de linguagem.

Vê-se que a linguagem, para o cartógrafo, não é um veículo de mensagens-e-salvação. Ela é, em si mesma, criação de mundos. Tapete voador. . . Veículo que promove a transição para novos mundos; novas formas de história. Podemos até dizer que na prática do cartógrafo integram-se história e geografia.

Isso nos permite fazer mais duas observações: o problema, para o cartógrafo, não é o do falso-ou-verdadeiro, nem o do teórico-ou-empírico, mas sim o do vitalizante-ou-destrutivo, ativo-ou-reativo. O que ele quer é participar, embarcar na constituição de territórios existenciais, constituição de realidade. Implicitamente, é óbvio que, pelo menos em seus momentos mais felizes, ele não teme o movimento. Deixa seu corpo vibrar todas as freqüências possíveis e fica inventando posições a partir das quais essas vibrações encontrem sons, canais de passagem, carona para a existencialização. Ele aceita a vida e se entrega. De corpo-e-língua.

Restaria saber quais são os procedimentos do cartógrafo. Ora, estes tampouco importam, pois ele sabe que deve "inventá-los" em função daquilo que pede o contexto em que se encontra. Por isso ele não segue nenhuma espécie de protocolo normalizado.

O que define, portanto, o perfil do cartógrafo é exclusivamente um tipo de sensibilidade, que ele se propõe fazer prevalecer, na medida do possível, em seu trabalho. O que ele quer é se colocar, sempre que possível, na adjacência das mutações das cartografias, posição que lhe permite acolher o caráter finito ilimitado do processo de produção de realidade que é o desejo. Para que isso seja possível, ele se utiliza de um "composto híbrido", feito do seu olho, é claro, mas também, e simultaneamente, de seu corpo vibrátil, pois o que quer é apreender o movimento que surge da tensão fecunda entre fluxo e representação: fluxo de intensidades escapando do plano de organização de territórios, desorientando suas cartografias, desestabilizando suas representações e, por sua vez, representações estacando o fluxo, canalizando as intensidades, dando-lhes sentido. É que o cartógrafo sabe que não tem jeito: esse desafio permanente é o próprio motor de criação de sentido. Desafio necessário-e, de qualquer modo, insuperável-da coexistência vigilante entre macro e micropolítica, complementares e indissociáveis na produção de realidade psicossocial. Ele sabe que inúmeras são as estratégias dessa coexistência-pacífica apenas em momentos breves e fugazes de criação de sentido; assim como inúmeros são os mundos que cada uma engendra. É basicamente isso o que lhes interessa.

Já que não é possível definir seu método (nem no sentido de referência teórica, nem no de procedimento técnico) mas, apenas, sua sensibilidade, podemos nos indagar: que espécie de equipamento leva o cartógrafo, quando sai a campo?

Manual do cartógrafo

É muito simples o que o cartógrafo leva no bolso: um critério, um princípio, uma regra e um breve roteiro de preocupações-este, cada cartógrafo vai definindo e redefinindo para si, constantemente. O critério de avaliação do cartógrafo você já conhece: é o do grau de intimidade que cada um se permite, a cada momento, com o caráter de finito ilimitado que o desejo imprime na condição humana desejante e seus medos. É o do valor que se dá para cada um dos movimentos do desejo. Em outras palavras, o critério do cartógrafo é, fundamentalmente, o grau de abertura para a vida que cada um se permite a cada momento. Seu critério tem como pressuposto seu princípio.

O princípio do cartógrafo é extramoral: a expansão da vida é seu parâmetro básico e exclusivo, e nunca uma cartografia qualquer, tomada como mapa. O que lhe interessa nas situações com as quais lida é o quanto a vida está encontrando canais de efetuação. Pode-se até dizer que seu princípio é um antiprincípio: um princípio que o obriga a estar sempre mudando de princípios. É que tanto seu critério quanto seu princípio são vitais e não morais.

E sua regra? Ele só tem uma: é uma espécie de "regra de ouro". Ela dá elasticidade a seu critério e a seu princípio: o cartógrafo sabe que é sempre em nome da vida, e de sua defesa, que se inventam estratégias, por mais estapafúrdias. Ele nunca esquece que há um limite do quanto se suporta, a cada momento, a intimidade com o finito ilimitado, base de seu critério: um limite de tolerância para a desorientação e a reorientação dos afetos, um "limiar de desterritorialização". Ele sempre avalia o quanto as defesas que estão sendo usadas servem ou não para proteger a vida. Poderíamos chamar esse seu instrumento de avaliação de "limiar de desencantamento possível", na medida em que, afinal, trata-se, aqui, de avaliar o quanto se suporta, em cada situação, o desencantamento das máscaras que estão nos constituindo, sua perda de sentido, nossa desilusão. O quanto se suporta o desencantamento, de modo a liberar os afetos recém-surgidos para investir em outras matérias de expressão e, com isso, permitir que se criem novas máscaras, novos sentidos. Ou, ao contrário, o quanto, por não se suportar esse processo, ele está sendo impedido. É claro que esse tipo de avaliação nada tem a ver com cálculos matemáticos, padrões ou medidas, mas com aquilo que o corpo vibrátil capta no ar: uma espécie de feeling que varia inteiramente em função da singularidade de cada situação, inclusive do limite de tolerância do próprio corpo vibrátil que está avaliando, em relação à situação que está sendo avaliada. A regra do cartógrafo então é muito simples: é só nunca esquecer de considerar esse "limiar". Regra de prudência. Regra de delicadeza para com a vida. Regra que agiliza mas não atenua seu princípio: essa sua regra permite discriminar os graus de perigo e de potência, funcionando como alerta nos momentos necessários. É que, a partir de um certo limite-que o corpo vibrátil reconhece muito bem-a reatividade das forças deixa de ser reconversível em atividade e começa a agir no sentido da pura destruição de si mesmo e/ou do outro: quando isso acontece, o cartógrafo, em nome da vida, pode e deve ser absolutamente impiedoso.

De posse dessas informações, podemos tentar definir melhor a prática do cartógrafo. Afirmávamos que ela diz respeito, fundamentalmente, às estratégias das formações do desejo no campo social. Agora, podemos dizer que ela é, em si mesma, um espaço de exercício ativo de tais estratégias. Espaço de emergência de intensidades sem nome; espaço de incubação de novas sensibilidades e de novas línguas ao longo do tempo. A análise do desejo, desta perspectiva, diz respeito, em última instância, à escolha de como viver, à escolha dos critérios com os quais o social se inventa, o real social. Em outras palavras, ela diz respeito à escolha de novos mundos, sociedades novas. A prática do cartógrafo é, aqui, imediatamente política.

Extraído de Suely Rolnik, Cartografia sentimental, transformações contemporâneas do desejo,

São Paulo: Editora Estação Liberdade, 1989, p.15-16; 66-72.
Querer a vida é querer amar.


Muito mais que amar,

Viver no amor!

Mais e mais,

Ser flor,

Céu,

Estrelas,

Mar.

Mar de amores!

Amar por todas as razões.

Em todas as ocasiões.

Errante peregrina

neste destino:

Amor.

CF
Pode meu querido ouvir as melodias que ouvi?


Acolhidos fomos em um leito que não desejamos mais abandonar...


Mesmo quando imersos na realidade somos divinos filhos do infinito.

CF
Em meus sonhos pouco importa a realidade!
Neste universo que é meu incluo tudo o que desejo e não posso realizar. 
Sou senhora de mim,
posso dançar diante dos olhos de todos que não me permitem nem mesmo caminhar.
Posso aquecer esta vaidade que é declarar-me sua e sentir o essencial da flor: o perfume.

CF
Os seus olhos vêem o azul


Que ninguém mais é capaz

Todas as flores deste jardim celeste

Perfumaram o leito de amor

Luz do sol,

Alma do poema, orvalho da manhã

Se me encontrou não me deixa ir

Quando desenha com traço de mestre

Contornos de minha essência faço de

Suas mãos o receptáculo, o cálice onde

Derramo meu vinho e aqueço o leito

Do rei como a sulamita eleita para Davi

CF
Não tardes amor meu!

Não desperdice o tempo que não temos...

Serei sucumbida pelo relógio e a pressão das horas.

Amar é para o momento que se ama
CF
Impera em mim


a grandeza deste mar que,

antes de ser teu domínio,

era apenas meu caminho.

Verdes estradas em verde olhar de solidão:

tristeza ser só, tristeza ser só!

Velas para quem conquista os ventos.

Para mim, apenas tempo de

eternas partidas e finitas chegadas!

Lágrimas em todas as noites de ausência...

Assim vai preenchendo teu oceano de conquistas

com a água que rouba de mim.


CF
Estou louca!

Tenho pressa

Em viver e,

Definitivamente,

Não quero

A cura.

Meu desequilíbrio

Me basta!

A voz

Indaga:

Para onde vai?

Não sei...



Há um lugar ou

Uma terra para

Conquistar?

Há um eu

(mal estar)

para explicar?



Lembro da infância,

De um balanço...

O vento.



Hoje apenas louca.

Não quero mais me perder

CF
Teu corpo se faz meu quando te amo!


No momento em que deitei em teu leito,

senti que a vida se fazia a cada gesto e

a cada movimento de afeto externado no ato.

Guarda-me contigo meu querido!

Porque é para teu ser que o meu pulsa,

é em teus carinhos que o mundo torna-se

possível para mim.

CF
Correr ao teu encontro...




Beijar-te a face, a boca...



Beijar-te



infinitamente!



Sem pensar no beijo acontecendo...

Não pensar propositadamente.

Excluir de mim as culpas:

tuas, minhas...

Excluir tudo quanto não for amor.



E beijar-te, beijar-te a face,

a boca...



o ser por inteiro.





Porque este beijo é divino!

Cálice sagrado.





Concedeu-nos Deus a

visão do paraíso!

 
CF
As vezes passa.


por onde passa?

Em outras fica encolhida.

Aguarda, aguarda...

Interferências.

Partir. Não, não pensar.

Aguardar... e guardar.

Eternizar a si e orar!

Ah sim, orar.

No altar a mão alcança

em gesto e pensamento:

Tão sacra a emoção de amar!

CF
A vida é o que não sabemos.


Ver é não saber.





Olhar para quem

Nesta insana lida

Nestes tortos caminhos?

Negar a si para poder

respirar.



Morrer em

todas as estações e,

talvez um dia, ressurgir.





Medo e esperança.

Convivem em desacerto

na mente desperta.

A lágrima cai:

prossegue, prossegue...

CF

Segredo

As mãos em suave toque

Alguns olhares e carícias

Ausência de pudor

Da roupa, das mesuras e formalidades

Indecoroso, malicioso

Mas essencial amor!

Quando uma mulher diz:

Toma, sou tua!

Fala da profundeza de

Suas entranhas.

Se entrega e pouco

Importam-lhe as indecências.

Em pureza comete o

Mais vil dos pecados sem ao

Menos uma lágrima de remorso.

Os seios, as pernas, a boca...

Partes impronunciáveis são

Expostas em sussurros

Que desconhecem as

Convenções e na

Volúpia gulosa de crianças

Dois amantes em segredo

Redefinem a estética do amor.

CF

Azul

O azul me envolveu em seu estranho silêncio.
mal sabia ele que não sei calar.
Sou voz, sou fala,
porque o verbo me domina.Meu pensamento não silencia.
Meu sentimento aquietasse, não meu pensamento...
Retirar, subtrair a mim mesma.
Sou azul diante de prantos recolhidos,
sou azul em todos os meus abandonos.
Menos no silêncio. Não sei o que é o silêncio porque sou palavra.
Tudo quero gerar em meio as palavras, o castigo e a glória.
Não sei o que é silêncio, sou fala.
Rio absoluto de palavras que escoam no azul infinito que nunca me cala.

domingo, agosto 01, 2010

Trilhar certos caminhos é necessário para encontrarmos nosso propósito. Assim eu penso. Sou uma mulher que vive em uma pequena cidade localizada no sul do país. Nem sempre vivi aqui, mas aqui nasci e passei grande parte da minha infância. Desde menina vivia em busca de algo que suprisse minha fome de amor, de conhecimento, de aventuras. Brincava em dias de tempestade para sentir-me carregada pelo vento! Acredito que esta existencia lúdica está mais forte em mim, recuperei o fôlego perdido... Deus soprou novamente nefesh em meus lábios. Fotografei este céu em um entardecer, "quando os anjos dizem amém", estava caminhando e ruminando meu retorno para cá. O propósito. Ainda estou em busca, mas, me parece que de modo mais sereno. 
 A fotografia do Ipê é outro momento de minhas caminhadas constantes pela cidade. Esta árvore tem para mim um significado importante, floresce junto ao meu aniversário em setembro. na praça em frente a antiga maternidade na qual nasci é uma visão belíssima a florada dos Ipês amarelos. Esta cor amarelo me causa uma alegria incontestável, suas matizes também. Os tons alaranjados. Tenho vontade de sair dançando em torno de um sol imaginário. Eu nasci para me superar, superar o desafio de renascer muitas vezes em uma mesma encarnação. O amor, como disse Cecília Meireles é para os fortes, gente fraca de carater não sustenta o amor. Porque amar é também muito doloroso ao mesmo tempo que nos tira os pés do chão de tanta alegria. Eu SOl amor!!!!

sábado, julho 17, 2010

Levei dez anos para cicatrizar uma ferida, que, as vezes ainda sangra. Não dá para descuidar... fiquei todo este tempo lambedo o machucado, joguei fora pilhas de escritos meus.Desencantada das palavras, das pessoas e da vida. Afinal fui empurrada para fora novamente, fui parida outra vez.Desta vez fui desejada e agora re-encanto-me todas as manhãs. A docilidade da alma ficou um pouco avariada, agora dou minhas mordidas ou coloco as placas de não entre, não incomode. Era peito aberto demais! Acredito que ainda neste ano meu segundo livro sai, poesia e prosa, tem um terceiro também sendo preparado.Este é porreta! Escreve poesia quem acredita na sensibilidade humana e quem sofre também ou finge que sofre ou é passional demais... eu escrevo desde os 6 anos minhas poesias!!! Ficava lá na casa da infancia escrevendo em um cantinho, montando livretinhos de estorias com desenhos caprichados. Tudo tão caprichado que minha mãe professora não acreditava que eram meus... Eu queria ter um caderno só meu para escrever minhas estórias, mas, tive que esperar... Cadernos somente para a escola... Fico ainda esperando este caderno, que não veio e no meio disto estou re-escrevendo a minha Estória. Agora com as mãos cheias de luz!

sábado, julho 10, 2010

Desejo escrever, desejo orar, desejo a paz... Jã não peço o amor humano, mas, me encorajo em amar o humano todos os dias. Tenho a dedicação e a responsabilidade pela vida de um pequeno ser e o amo. Já não sei querer para mim... Eu não sou mais camaleoa, sou leoa. Quero serenidade, quero a paz, a santa paz que Ele nos deixou. Minha mente apenas quer serenar, embalar, aconchegar, apoiar. A femea que me habitava calou-se, deu lugar a mãe e a esposa, aguarda o chamado para realizar seu propósito nesta jornada. Saber quando aquietar-se e conseguir aquietar-se tem algo de sabedoria. Tenho pensamentos mais claros e sinto verdades desvelando-se diante de meus olhos, tudo é mar, tudo é mar... Ahhhh, misterioso mar onde habitam as sereias, Posseidon, alcions... Apenas quero olhar para o mar, nada mais quero possuir, nada mais tenho para apossar-me, meu ser desnudou-se e hoje apenas é serviço. Falará o Espírito para que eu siga e terei sorte, pois nada mais quero amealhar, e terei amor, pois não espero mais pelo amor, apenas amo fluir como o mar no eterno retorno até me libertar!

domingo, julho 04, 2010

Carambolas



Minha infância se deu no interior do Paraná, nasci e cresci em Rio Negro. Meu pai, Sr. Guilherme, contador e funcionário federal da Compania de Estradas de Ferro fazia auditoria nas linhas por onde passava o trem. Algumas ocasiões passava dias ausente e sentíamos saudades (eu e minhas irmazinhas). Em um de seus retornos, voltou com barba no rosto, bronzeado, diferente!!! Trouxe uma surpresa, uma fruta que chamava-se carambola. Eu, no alto de meus 5 anos anos fiquei curiosa com aquela coisa tão diferente. Quando minha mãe cortou para experimentarmos, eu abri a boca surpresa... Estrelinhas!!!! Pai!!!!!!!!!!!! Você trouxe estrelas para mim!!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, junho 27, 2010

Ando esperando que o amor chegue e me acompanhe em cortejo.
Então ao mirar-me no espelho, ele reflita o seu rosto, sua boca, sua alma.
Que na minha fará flores.
Encantadoras representações de um amor.
Ando esperando que a primavera chegue,
com todas as cores e temas, e me traga o amor.
Esse amor que aguardo com tanto desejo, que por vezes,
me traz dor vinda não sei de onde...
E vai me envolvendo na saudade de você que não conheço.
Nem mesmo sei se irá chegar com o amor que espero.

Cristiane França - 1999 - Dança das emoções
Editora Ribeiro de Campos

Imagem Mary Cassatt - Jovem mãe

sábado, junho 19, 2010

A maternidade é, por excelencia, fonte de transformação. Hoje, com meu filho nos braços sinto-me mais capaz apesar das minhas fragilidades. Fico em constante estado de oração e uno-me a grande mãe Maria para que possa fornecer para Guilherme José o alimento para o corpo e para sua alma. Tenho apenas a agradecer pela concepção abençoada e a profunda esperança na humanidade que renacseu em mim RE-encantando-me!

domingo, junho 13, 2010

Ser mãe


A maternidade enseja sentimentos múltiplos e exige de você resposta imediata. Amamentar, por exemplo, além de um ato de amor também se transforma em uma atitude de entrega e dedicação. Não há lugar para o egoismo, aquilo que defino como a última esquina da vaidade. A forma plena no mundo da maternidade não permite esquecimentos, sono de 8 horas, maquiagem diária ou simplesmente um creme hidratante no corpo porque interfere no cheiro do leite. Penso que, muitas respostas vieram em minha mente após a chegada do meu pequeno Guilherme, respostas que eram apenas intuições ou psicologismos. Ele nasceu com pouco peso e precisava muito do leite em abundancia, eu sai de um parto tenso e estava exausta, mas, o foco que coloquei no meu filho trouxe o alimento em grandes quantidades e um rápido crescimento para sua recuperação. Ele precisava de peso para se aquecer sozinho e ganhou o dobro em um mês e meio!!!! Agora acostumou com meu colinho... Afinal foram semanas aquecendo-o junto ao meio seio... Nada fácil e, ao mesmo tempo, uma imensa alegria!!! Ver um ser crescendo dia a dia... Uma dinvidade a maternidade, porém, nada disto retira o fato de sentir-se exausta e irritada pela falta de sono. No meu caso, um tanto pior, uma luta contra o próprio organismo. Durante 3 anos precisei reaprender a dormir com remédios e tal fato causou-me um processo depressivo complexo. Agora luto para não "deixar a peteca cair", pois, não é possivel ingerir medicação e amamentar, não é possível amamentar e dormir... O amor é um aprendizado e, repito, ENTREGA e DEDICAÇÃO. Digo, nestes dois meses como mãe que, certamente, não há desejo mais forte em relação ao amor diante de um filho. Afinal, vale a pena!!! Muito!!!

quinta-feira, abril 01, 2010

Pausa

Amigos, leitores e curiosos...
Vou pausar as postagens neste campo que é tão sagrado para mim. Aqui coloco fragmantos coloridos da minha alma recortada, muitas vezes corrompida e remontada, tantas incompreendida e rejeitada como aos coxos, os marcados e nada bem quistos. Confesso, quis ser e deixei de Ser para ter reconhecimento e agora, nada disto importa!!! Tenho um potencial inconsciente em mim a ser conquistado, estou parindo com a alma meu filho Guilherme José. Meu amado menino, meu pequeno deus!!!!À revelar toda minha alegria e meu amor, a maternidade trouxe-me um amor incondicional. Nada me parece maior que isto, nada tocou tão profundamente meu centro. Dei tanto de mim a tantos e morri sufocada tantas vezes por paixões... Quanta bobagem é isto hoje! A vida de meu filho tocou-me como uma explosão atomica cá dentro.
Vivi a adolescencia nos 80 e tantos, escrevo ouvindo a banda Ira, sou ainda jovem, passando por cima de tudo. Meu passos estão sendo escritos em um livro, misto de ficção e não-ficção, autobiografia e suposições quixotescas. Quando retomar o projeto para a publicação, certamente, farei um adendo por aqui. Enquanto penso no parto e nos primeiros cuidados com meu filho, ficarei ausente. Talvez por alguns meses. Não sei quanto, mas, sei muito bem que voltarei outra. Porque?! Juntamente com meu filho, vou parir minha alma!






Teus olhos meu clarão me guiam na escuridão... Você é assim, um sonho para mim... Teus pés me abrem o caminho. O meu melhor amigo é o meu amor... Nananannnananana....

segunda-feira, março 29, 2010

Vale o clique! Eu te amo, eu te amo, eu te amo

http://www.youtube.com/watch?v=NlzZv2xhFgI&feature=player_detailpage#



Tanto tempo longe de você


Quero ao menos lhe falar

A distância não vai impedir

Meu amor de lhe encontrar...



Cartas já não adiantam mais

Quero ouvir a sua voz

Vou telefonar dizendo

Que eu estou quase morrendo

De saudades de você...



Eu Te Amo!

Eu Te Amo!

Eu Te Amo!

Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!...



Eu não sei

Por quanto tempo eu

Tenho ainda que esperar

Quantas vezes eu até chorei

Pois não pude suportar...



Para mim não adianta

Tanta coisa sem você

E então me desespero

Por favor meu bem eu quero

Sem demora lhe falar...



Eu Te Amo!

Eu Te Amo!

Eu Te Amo!...



Mas o dia que eu

Puder lhe encontrar

Eu quero contar

O quanto sofri

Por todo este tempo

Que eu quis lhe falar...



Eu Te Amo!

Eu Te Amo!

Eu Te Amo!

Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!...



Cartas já não adiantam mais

Quero ouvir a sua voz

Vou telefonar dizendo

Que eu estou quase morrendo

De saudades de você...



Eu Te Amo!

Eu Te Amo!

Eu Te Amo!...



Mas o dia que eu

Puder lhe encontrar

Eu quero contar

O quanto sofri

Por todo este tempo

Que eu quis lhe falar...



Eu Te Amo!

Eu Te Amo!

Eu Te Amo!

Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!

Eu Te Amo!

Eu Te Amo!...






























A VISITA



A pessoa que mora dentro de mim está triste.

Vou visitá-la hoje!

Tomaremos chá com bolachas e eu lhe falarei do céu e das manhãs que vejo o sol brilhar.

"as manhãs são tantas..." - vai me dizer - "que se torna repetitivo o fato de iluminá-las sempre".

Então,se isto não servir,falarei do silêncio.

Ela vai chorar. Eu sei.

Não perguntarei o motivo das lágrimas, mas, saberei que a culpa do silêncio não agradá-la é minha, pois, visito-a poucas vezes.

Falarei mais algumas coisas e me despedirei.

Esquecendo-se dela e da sua casa.

Sei que voltarei em outro dia, para falar novas coisas sobre o céu e o sol.

Mesmo que sejam disfarces perceptíveis das repetições anteriores de quando a visito.

Minha esperança, é que, um dia, eu a convença de ser menos amarga.



(Cristiane Maria França. Dança das Emoções)

quinta-feira, março 25, 2010

Estou fazendo um caminho, se é certo ou errado para mim... Não sei realmente. Sinto apenas que sigo com certa paz. Não pretendo a paz suprema, o nirvana. Não agora. Apenas a dose necessária para não sufocar. Tem coisas que quero fazer e mudar em mim, vou seguindo em frente e procurando adaptar minhas intolerancias e imprudencias aos objetivos. Nem sempre consigo. Muitas vezes sinto um pouco de tristeza, pois, acredito sobregarregar quem amo com meu "peso". Porque, estou indo lento, num tempo mais sereno e isto sobrecarrega um pouco, eu acho, quem me ama e vive comigo. Quando cresci, achava que tinha que responder rápido, que não tinha esta diferença homem e mulher. Responder antes da pergunta ser concluída, ganhar e não chorar na frente dos outros as mágoas. Fui matando minha expressão feminina. A vida me corrigiu de modo rigoroso. Não, não estou parada, sem realizar nada. Mas, estou menos homem no sentido de ganhar o pão. Trabalho sim, agora com a maternidade menos... Tenho três projetos para realizar, mas, tudo a seu tempo. Não tenho mais tanto medo da idade, nem do amor. Sei das mágoas do passado, carrego aqui junto ao peito uma dor muito grande. Porém, tenho uma esperança em continuar. Gosto da vida e do cheiro da natureza. Gosto mesmo do perfume que sinto das plantas. Me surpreende quem não sente. Não questiono mais os deuses, respeito suas reações e não procuro controvérsias. Vi hoje um filho cantando para um pai e imaginei o nosso fazendo algo assim daqui um tempo. Tempo, tempo... Tempo! Há tempo para tudo nesta vida e o meu neste momento é de amor.

segunda-feira, março 22, 2010

Dia mundial da poesia 21 de março

Volte-se para Arthur e sinta do que é feita!


Volte-se para Arthur e sinta do que é feita!
Quando olhar a lua e se vir refletida na intensidade...
Chore! Pois saberá do que é feita!
Irá parir entre dores a sua alma!
Carregará em seu recipiente o rubro do amor.
Pensará que nada lhe causará mal envolvida em seu manto de santidade...
Iluda-se o quanto desejar!
Tenha um filho, dois... Em uma fração de segundo eles lhe mostrarão do que é feita.
Quando der o seio e alimentar sua prole saberá do que é feita!
Quando as rugas lhe cobrirem o rosto, as fadas brotarão de seus olhos e terá conhecimento do que é feita.
Não lamente nada! Porque é disto que é feita...
Do pelo branco do grande urso.

Cristiane França

http://www.revista.agulha.nom.br/cristianefranca.html#volte

sábado, março 20, 2010

Meu primeiro encontro com Drummmond na adolescencia


foi Poema de sete faces

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

segunda-feira, março 15, 2010


Beatriz Ferreira Milhazes (Rio de Janeiro RJ 1960). Pintora, gravadora, ilustradora, professora. Formada em comunicação social pela Faculdade Hélio Alonso, no Rio de Janeiro em 1981, inicia-se em artes plásticas ao ingressar na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage em 1980, onde mais tarde leciona e coordena atividades culturais. Além da pintura dedica-se também a gravura, e a ilustração. De 1995 à 1996 cursa gravura em metal e linóleo no Atelier 78, com Solange Oliveira e Valério Rodrigues e em 1997 ilustra o livro As Mil e Uma Noites à Luz do Dia: Sherazade Conta Histórias Árabes, de Katia Canton. Beatriz Milhazes faz parte das exposições que caracterizam a Geração 80, grupo de artistas que buscam retomar a pintura em contraposição à vertente conceitual dos anos 1970, e tem por característica a pesquisa de novas técnicas e materiais. Sua obra faz referências ao barroco, à obra de Tarsila do Amaral (1886-1973) e Burle Marx (1909-1994), à padrões ornamentais e à art deco, entre outras. Entre 1997 e 1998, é artista visitante em várias universidades dos Estados Unidos. A partir dos anos 1990, destaca-se em mostras internacionais nos Estados Unidos e Europa e integra acervos de museus como o MoMa, Guggenheim e Metropolitan em Nova York.

sábado, março 13, 2010

Caçador de Mim

Caçador de Mim
Milton Nascimento
Composição: Luís Carlos Sá e Sérgio Magrão

Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim

Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim

Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura

Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
O que me faz sentir
Eu, caçador de mim

Como vejo Deus


Deus

Olha no espelho da alma.
Vê! Quanta pureza!
Contempla aquilo que
Deus preparou
em segredo...
Somente para você.
O seu maior desejo,
toda riqueza,
poder,
glórias...
Nada pode superar
o mistério que habita
no profundo do ser.
Código eterno, redenção,
amor...
Dentro
e não fora.
Dentro!
Olha:
você!
Não precisa crer,
apenas olha...
O universo está aí
contido bem dentro
de você:
Deus.

A pouco tempo atrás conheci uma nova palavra, da Bíblia, no Antigo Testamento. A magia desta palavra, “nephesh”, tornou-se um ponto de reflexão em meus devaneios e pensamentos. Um de seus significados é o alento, ou o sopro de Deus nos lábios dos homens. Gosto de pensar em Deus como este alento, a força vital que impulsiona os seres para sua realização pessoal e global. A inibição em falar em Deus deixo aos cientistas, aos poetas (pretensos...) apenas as letras, os versos e um amor transcendente. Acredito que a poesia, esta que escrevo, procura a Deus. Por que não confessar? Ou seria: com-versar. Manter um profícuo diálogo com este Deus sempiterno que jamais nos abandona, ao qual encontramos todos os dias nos gestos de afeto, nas atitudes otimistas, nas surpresas, na flor, nos filhos, na harmonia, nas soluções dos problemas, no perdão... No acolhimento, na crença de não estarmos sós.

Cristiane França

terça-feira, março 09, 2010

Arte em Fotografia

Caros leitores;
Quero recomendar o trabalho de minha amiga Jo Loureiro. Sua grande sensibilidade na arte da fotografia transforma momentos únicos em lembranças eternizadas para quem ama a beleza e a vida!
Abraços!!!!

http://www.joloureiro.com.br/

segunda-feira, março 08, 2010

~ O Amor Gibran Kahlil Gibran ~


Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa queda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
No pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E, com esse conhecimento,
Vos convertais no pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor,
Procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde rireis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio
E nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.
Porque o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga:
“Deus está no meu coração”,
Mas que diga antes:
"Eu estou no coração de Deus”.
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
Que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,
E nos lábios uma canção de bem-aventurança.

quinta-feira, março 04, 2010

Indicação de leitura

A escritora deste texto é livre pensadora e uma pessoa inspiradora. Acompanho o blog dela e tenho o privilégio de desfrutar sua amizade. Para quem lê minhas postagens aqui e gostar de reflexões acerca da alma vale conferir a página da Ligia Guerra na Gazeta do Povo jornal de grande circulação aqui no Paraná.

Inveja, um mal não tão secreto... Faça o diagnóstico!

http://sxc.hu/category/1082
 /

Muitos afirmam que o sexo feminino é mais invejoso do que o masculino, isso é mentira! Homens e mulheres sentem inveja e ela tem as mesmas conseqüências funestas para ambos. Durante as minhas pesquisas para escrever o meu primeiro livro “O segredo dos invejáveis”, isso ficou muito claro, os homens são tão invejosos quanto as mulheres. A história não me deixa mentir, com as suas narrativas de disputas de terras, de poder e de mulheres, por parte do sexo masculino. A história de Helena de Tróia foi um bom exemplo, invejada pelas mulheres e extremamente desejada pelos homens, ela acabou fazendo com que o seu marido, Menelau, também fosse vítima da inveja masculina......................

http://www.gazetadopovo.com.br/blog/mulheresasavessas/?id=979535

segunda-feira, março 01, 2010

simplesmente poesia

Quando lembrei de tudo
senti frio e saudades
quando quis esquecer
senti medo e tristeza
decidi nada sentir
a loucura invadiu minha vida
a relação entre ser e nada ser
é um jogo de insanidade
melhor ir caminhando
pensar em circulos que ascedem ao infinito
nada do mesmo
o mesmo de tudo
apenas amor.

Cristiane França

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Miss Imperfeita

Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação! E, entre uma coisa e outra, leio livros. Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic. Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero. Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.Você não é Nossa Senhora.Você é, humildemente, uma mulhe, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.  Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias.Cinco dias! Tempo para uma massagem.Tempo para ver a novela.Tempo para receber aquela sua amiga queé consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário.Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar.Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir. Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal. Existir, a que será que se destina? A mulher moderna anda muito antiga.Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Pecisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela. Desacelerar tem um custo. Talvez sejapreciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante.

Martha Medeiros - Jornalista e escritora

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Liberdade

O Novo Colosso



Não como o gigante bronzeado de grega fama,

Com pernas abertas e conquistadoras a abarcar a terra

Aqui nos nossos portões banhados pelo mar e dourados pelo sol, se erguerá

Uma mulher poderosa, com uma tocha cuja chama

É o relâmpago aprisionado e seu nome

Mãe dos Exílios. Do farol de sua mão

Brilha um acolhedor abraço universal; Os seus suaves olhos

Comandam o porto unido por pontes que enquadram cidades gémeas.

“Mantenham antigas terras sua pompa histórica!” grita ela

Com lábios silenciosos “Dai-me os seus fatigados, os seus pobres,

As suas massas encurraladas ansiosas por respirar liberdade

O miserável refugo das suas costas apinhadas.

Mandai-me os sem abrigo, os arremessados pelas tempestades,

Pois eu ergo o meu farol junto ao portal dourado.

Emma Lazarus





quarta-feira, fevereiro 10, 2010

O seu nome

Guilherme José

Guilherme origem germanica e muito popular nos países europeus tem o significado o Protetor
José ou Yosef tem origem hebraica e significa aquele que Deus acrescentou à família


Meu pai chama-se Guilherme e possuí origem Germanica, sua família veio das fronteiras com a França e meu sobrenome correto em alemão é Franz. Meu avô Ludwik alterou esta grafia no registro de meu pai e meus tios. O pai de meu esposo chama-se José e tem as mesmas origens, também meu avô materno tem  o nome Yosef e, de origens incertas, talvez russo ou hebreu veio da Polonia com seus filhos. Você meu filho, trará essas origens, tão contraditórias e tão ricas. Acrescentou amor para nossa família e unificou nossas origens. Amém, Shalon!!!

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Antes desejava seguir infinitamente adiante, para longe, longe, muito longe. Agora minha vida me diz para ficar atada em local certo e seguro. Atender as solicitações do nosso inconsciente não é de maneira nenhuma algo simples... Eu sempre fui uma resistente e, é claro, a tudo aquilo que resisto... persiste! Meus desacertos persistiram até o momento que "larguei mão". "Seja feita a sua vontade". Vivi minha crucificação, precisei olhar-me no espelho desprezando completamente aquilo que ele refletia. Lancei sobre mim todos os lutos, todas as dores as quais havia resistido. Não enviava mais nada para o mundo, para as pessoas... Eram todos destinados a mim. Aceitei minha cruz. Levei três primaveras para despertar deste longo e doloroso inverno. Inverno de fome, inverno sem esperança. Finquei meus pés no chão, nas minhas raízes, nas minhas dores mais silenciosas. Olho para esta terra, olho para este local tão ambivalente em meu pensamento e sinto certa paz. A inquietude permanece, mas, não é a mesma da adolescencia ou daquela mulher nos saltos e com o cabelo impecável. Não tenho mais do que fugir, enfrentei os meus terrores infantis. Tenho um filho em meu ventre e um projeto de educação a realizar. Alguns momentos perco a esperança e sinto medo de ser incapaz... Ter esvaziado com tantas desilusões. Mas, depois, penso nos olhinhos de meu filhinho que se abrirão para a vida. Penso no sentindo que darei a este ser em suas primeiras percepções sobre o amor. Penso em perdão, penso em outros olhos pequeninos nos quais sustentei minha cura(?). Olhinhos de meninas pequeninas que sempre buscaram meu colo côncavo. Meninas que devolveram a minha primeira infância. Bracinhos que envolvem minha barriga e beijam espontaneamente. Ahhh, minhas doces crianças. Não termino aqui este manuscrito, ele segue com esperança e amor...........................................................
Cristiane França

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Vaga-lume






Vaga-lume em vagação

Num vagalhão de sentimentos

Pisca-apaga

Apaga-pisca

Risca na escura noite

Alguma esperança de

criança brincando

fazendo lambança

nem aí se suja a roupa

se arranha o joelho

se o amigo é

João, Maria ou Pedro

Posto que só o chama de amigo

Vaga-vaga-vaga

Vaga-luz

Acende e não apaga

dentro mim


Cristiane França