Esta afirmação está no Livro de Eclesiates, comenta-se que os sábios escritos sejam de autoria do Rei Salomão. Mas, a parte da questão de autoria, este Livro da Bíblia é um dos mais interessantes que já li. A frase acima me prende a atenção há alguns anos. Penso sempre naquilo que não é vaidade? Quase tudo que fazemos, nos moldes da sociedade contemporânea, são motivados pela vaidade. O que quero aqui neste blog? Ser lida porque me sinto capaz de dizer algo interessante e bom para as pessoas que me cercam, ou ainda, pela vaidade artística? Quero ainda pensar que escrevo porque preciso, para viver mesmo! A leitura e escrita arrebentaram cedo em minha vida. Arrebentaram, assim mesmo, como o mar na rocha. Eu sou como a rocha que responde e devolve com a mesma força a água para o mar. Mas, outras vezes, sou o mar que quer atingir a rocha e modificar sua constituição. Quero eu, se almejo alguma coisa a mais nesta vida, ser como o céu. Não quero mais ser rocha ou ser mar. Ser arrebentação. Quero ser o céu infinito e ir além, não pela vaidade, sim por um sentimento de reencontro com as infinitas possibilidades de ser UNO novamente. A vaidade nada me traz ou trouxe de importante. Aliás, além deste passeio no Livro do Eclesiastes, leiam também o Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde e reflitam no quanto este sentimento pode nos corromper. Infelizmente para nosso próprio prejuízo.Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.
Imagem marinha por Fernando Calderari