quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Vaga-lume






Vaga-lume em vagação

Num vagalhão de sentimentos

Pisca-apaga

Apaga-pisca

Risca na escura noite

Alguma esperança de

criança brincando

fazendo lambança

nem aí se suja a roupa

se arranha o joelho

se o amigo é

João, Maria ou Pedro

Posto que só o chama de amigo

Vaga-vaga-vaga

Vaga-luz

Acende e não apaga

dentro mim


Cristiane França

terça-feira, fevereiro 02, 2010

(...) Se o sol se cansa
e a noite lenta
quer ir para a cama,
marmota sonolenta,
eu, de repente,
inflamo a minha flama
e o dia fulge novamente.
Brilhar pra sempre,
brilhar como um farol,
brilhar com brilho eterno,
gente é pra brilhar
que tudo o mais vá pro inferno,
este é o meu slogan
e do sol.

Vladimir Maiakóvski

Maiákóvski (1893-1930) é considerado o maior poeta russo moderno. Este trecho final do poema "A extraordinária Aventura Vivida por Vladimir Maiakóvski no Verão na Datcha" pertence ao volume Maiákóvski - Poemas (editora Perspectiva), tradução de Augusto e Haroldo de Campos.

fonte revista vida Simples abril de 2005