terça-feira, dezembro 04, 2012

Marilyn Monroe


...todo mundo está sempre pegando no seu pé. Todos querem uma parte sua. É como se eles tirassem pedaços de você. Acho que eles nem percebem, mas é 'faça isso, faça aquilo..' mas você quer ficar intacta - intacta e sobre dois pés.  


quinta-feira, novembro 29, 2012

quinta-feira, novembro 15, 2012

Viajo sozinha com o meu coração

Não ando perdida, mas desencontrada

Levo o meu rumo na minha mão



Cecília Meireles

 

domingo, outubro 14, 2012


Não perder de vista




Não perder de vista...

Todas as coisas !

Flor no canteiro,

olhar brejeiro,

Corpo faceiro.



Não perder de vista...

Abraço apertado,

Beijo molhado,

Passear lado a lado.



Há algo mais

para não se

perder de vista:

você.

CF



Refúgio da alma

meu poema fluí e

acalma.

Carrega doces lembranças.

O amor que é meu

habita nele.

O gesto da mão

é traduzido na busca

de quem o sente.

Há nele insensata pressa

de libertar-se.

Ir para além...

CF



Daquele canto,

Saíram, enfim, os encantos.

Do olhar,

Cessou o pranto.

CF

sábado, outubro 06, 2012



Construí amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta da vida e disse-lhe: Não tenho medo de vivê-la.



Augusto Cury

quinta-feira, julho 26, 2012


Quero recomendar o blog da Hanna; poeta e artista! Encantou-me! (hanna.brescia@facebook.com)




...
O que sabes sobre mim?

por Cris França





O que sabes sobre mim?

Tudo e nada!

Quando defronto-me em teu azul,

Sabes tudo!

Quando me cubro de meu véu,

Nada compreendes.

Mansamente me acolho em teu ser

Para depois me distanciar.

É necessário sobreviver a isto que sinto

Quando estou impregnada de ti.

quinta-feira, julho 19, 2012

Recebi este email de um amigo muito amado e Sex(agenário); tudo de bom!!!! Publico na íntegra!

Caros amigos,



Para alívio de corações e mentes sexagenários e assustados ante o meteórico e fugaz passar dos anos, envio, abaixo, um texto sensacional, bom para um começo de semana. Escrita por Regina de Castro Pompeu, terceira colocada no Prêmios Longevidade Bradesco de Jornalismo - Histórias de Vida -, com o texto “De repente, 60”, a crônica é modesta, porém franca. Vai ao âmago daquele ponto que mais aflige os que chegaram ou estão chegando ou já ultrapassaram os 60.


Justifica Regina, assim, seu insight sobre como veio a escrever a crônica:


De forma despretensiosa, inscrevi um texto no concurso Premios Longevidade Bradesco Histórias de Vida. Estou chegando de São Paulo, onde fui participar da premiação. Mandaram um motorista me buscar e me trazer e fiquei num super-hotel nos Jardins, acompanhada de meu príncipe consorte rsrsrssr.

Entre quase 200 concorrentes, conquistei o 3o lugar, com direito a troféu e diploma. Mas, sinto como se tivesse recebido o Oscar, pois os primeiros colocados foram jovens que trabalharam por alguns anos para escrever histórias que mereciam ser contadas. Meu texto foi o único produzido pela própria protagonista. O tema central era o relacionamento inter-geracional. Quase caí da cadeira quando Nicete Bruno, jurada especial me perguntou: "Você é a Regina? Queria muito conhecê-la. Adorei seu texto!!" Tive, ainda, o privilégio de ser fotografada ao lado da convidada especial, Shirley MacLaine.


É muita emoção, que gostaria de compartilhar com vocês. Abaixo, o texto premiado. Beijos. Regina"

DE REPENTE 60 (ou 2x30)

Ao completar sessenta anos, lembrei do filme “De repente 30”, em que a adolescente, em seu aniversário, ansiosa por chegar logo à idade adulta, formula um desejo e se vê repentinamente com trinta anos, sem saber o que aconteceu nesse intervalo.

Meu sentimento é semelhante ao dela: perplexidade.


Pergunto a mim mesma: onde foram parar todos esses anos?


Ainda sou aquela menina assustada que entrou pela primeira vez na escola, aquela filha desesperada pela perda precoce da mãe; ainda sou aquela professorinha ingênua que enfrentou sua primeira turma, aquela virgem sonhadora que entrou na igreja, vestida de branco, para um casamento que durou tão pouco! Ainda sou aquela mãe aflita com a primeira febre do filho que hoje tem mais de trinta anos.

Acho que é por isso que engordei, para caber tanta gente, é preciso espaço!



Passei batido pela tal crise dos trinta, pois estava ocupada demais lutando pela sobrevivência.


Os quarenta foram festejados com um baile, enquanto eu ansiava pela aposentadoria na carreira do magistério, que aconteceu quatro anos depois.


Os cinquenta me encontraram construindo uma nova vida, numa nova cidade, num novo posto de trabalho.


Agora, aos sessenta, me pergunto onde está a velhinha que eu esperava ser nesta idade e onde se escondeu a jovem que me olhava do espelho todas as manhãs.

Tive o privilégio de viver uma época de profundas e rápidas transformações em todas as áreas: de Elvis Presley e Sinatra a Michael Jackson, de Beatles e Rolling Stones a Madonna, de Chico e Caetano a Cazuza e Ana Carolina; dos anos de chumbo da ditadura militar às passeatas pelas diretas e impeachment do presidente a um novo país misto de decepções e esperanças; da invenção da pílula e liberação sexual ao bebê de proveta e o pesadelo da AIDS. Testemunhei a conquista dos cinco títulos mundiais do futebol brasileiro (e alguns vexames históricos).


Nasci no ano em que a televisão chegou ao Brasil, mas minha família só conseguiu comprar um aparelho usado dez anos depois e, por meio de suas transmissões,vi a chegada do homem à lua, a queda do muro de Berlim e algumas guerras modernas.

Passei por três reformas ortográficas e tive de aprender a nova linguagem do computador e da internet. Aprendi tanto que foi por meio desta que conheci, aos cinquenta e dois anos, meu companheiro, com quem tenho, desde então, compartilhado as aventuras do viver.

Não me sinto diferente do que era há alguns anos, continuo tendo sonhos, projetos, faço minhas caminhadas matinais com meu cachorro Kaká, pratico ioga, me alimento e durmo bem (apesar das constantes visitas noturnas ao banheiro), gosto de cinema, música, leio muito, viajo para os lugares que um dia sonhei conhecer.

Por dois anos não exerci qualquer atividade profissional, mas voltei a orientar trabalhos acadêmicos e a ministrar algumas disciplinas em turmas de pós-graduação, o que me fez rejuvenescer em contato com os alunos, que têm se beneficiado de minha experiência e com quem tenho aprendido muito mais que ensinado.

Só agora comecei a precisar de óculos para perto (para longe eu uso há muitos anos) e não tinjo os cabelos, pois os brancos são tão poucos que nem se percebe (privilégio que herdei de meu pai, que só começou a ficar grisalho após os setenta anos).

Há marcas do tempo, claro, e não somente rugas e os quilos a mais, mas também cicatrizes, testemunhas de algumas aprendizagens: a do apêndice me traz recordações do aniversário de nove anos passado no hospital; a da cesárea marca minha iniciação como mãe e a mais recente, do câncer de mama (felizmente curado), me lembra diariamente que a vida nos traz surpresas nem sempre agradáveis e que não tenho tempo a perder.

A capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo diminuiu, lembro de coisas que aconteceram há mais de cinquenta anos e esqueço as panelas no fogo.


Aliás, a memória (ou sua falta) merece um capítulo à parte: constantemente procuro determinada palavra ou quero lembrar o nome de alguém e começa a brincadeira de esconde-esconde. Tento fórmulas mnemônicas, recito o alfabeto mentalmente e nada! De repente, quando a conversa já mudou de rumo ou o interlocutor já se foi, eis que surge o nome ou palavra, como que zombando de mim...

Mas, do que é que eu estava falando mesmo?


Ah, sim, dos meus sessenta.


Claro que existem vantagens: pagar meia-entrada (idosos, crianças e estudantes têm essa prerrogativa, talvez porque não são considerados pessoas inteiras), atendimento prioritário em filas exclusivas, sentar sem culpa nos bancos reservados do metrô e a TPM passou a significar “Tranquilidade Pós-Menopausa”.
Certamente o saldo é positivo, com muitas dúvidas e apenas uma certeza: tenho mais passado que futuro e vivo o presente intensamente, em minha nova condição de mulher muito sex...agenária!

terça-feira, julho 10, 2012

Trem de Ferro - Adélia Prado


Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica,

mas atravessa a noite, a madrugada, o dia,

atravessou minha vida,

virou só sentimento.

sábado, junho 16, 2012

Minha pequena Paris



Leia em mim o meu cansaço
Sinais de um velho abraço
que já não volta mais... pai...
Leia em mim a esperança
Valor de uma criança
que não brinca mais... trabalha.
Leia a teia da aranha
indicando caminhos;
percorra com os olhos meu ninho e...
Veja! São meus filhos acalantados em mim!
Assombre-se com a vontade de mulher doída e doida, ferida!
Corre longe e rasga a fantasia
como se fosse fina seda;
a roupa nada valia
porque foi nua que me vi em você!

por Cristiane França

quinta-feira, maio 31, 2012



No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.



quinta-feira, maio 17, 2012

OUTRA VEZ - Roberto Carlos

Você foi...

O maior dos meus casos

De todos os abraços

O que eu nunca esqueci



Você foi...

Dos amores que eu tive

O mais complicado

E o mais simples pra mim



Você foi...

O melhor dos meus erros

A mais estranha história

Que alguém já escreveu



E é por essas e outras

Que a minha saudade

Faz lembrar

De tudo outra vez.



Você foi...

A mentira sincera

Brincadeira mais séria

Que me aconteceu



Você foi...

O caso mais antigo

E o amor mais amigo

Que me apareceu



Das lembranças

Que eu trago na vida

Você é a saudade

Que eu gosto de ter

Só assim!

Sinto você bem perto de mim

Outra vez...



Me esqueci!

De tentar te esquecer

Resolvi!

Te querer, por querer

Decidi te lembrar

Quantas vezes

Eu tenha vontade

Sem nada perder...



Ah!

Você foi!

Toda a felicidade

Você foi a maldade

Que só me fez bem

Você foi!

O melhor dos meus planos

E o maior dos enganos

Que eu pude fazer...



Das lembranças

Que eu trago na vida

Você é a saudade

Que eu gosto de ter

Só assim!

Sinto você bem perto de mim

Outra vez....

sábado, abril 28, 2012

Há certos entendimentos que surgem na medida que o tempo passa, mas, não nos permitem voltar atrás. Nossas experiências mais profundas eclodem cedo e nem sempre damos conta de lidar com elas. Aprendi na profissão que o fazer-se depende da superação de nossos medos, nossos sentimentos mais mesquinhos e da superação da baixa estima. Que tolice impor-nos a sabedoria tão cedo e nos culpar das escolhes tolas que fizemos, falsos mestres, amores desastrados... Amigos tortos! Mas, confesso que também estes fazem parte do colorido, não são somente projeções vívidas de nossas sombras. Ah, quantas alegrias vivi com os párias! Também fui marginal e não me arrependi tanto assim. O erro é demasiado valorizado e cruelmente julgado em nossa sociedade, por isto, vejo tantos sendo cometidos às escondidas e tomando proporções doentias. Tenho filhos e vejo o maiorzinho fazendo manha, dizendo que não quer dividir... Sabem, as vezes eu também não queria dividir e fui obrigada e depois condicionada a dar mais do que podia... não sobraram minhas pérolas, mas, sobrou força para recomeçar. Quanto ao meu guri, disse-lhe sem culpa,"filho, não precisa dividir sempre, o seu brinquedo preferido pode ser somente seu." Quando ele quiser e puder dividir o trenzinho preferido eu também saberei lhe ensinar a desapegar-se. Tem tempo para ele entender.

sábado, março 24, 2012

O essencial



Em meus sonhos pouco importa a realidade...

Neste universo que é meu incluo tudo o que desejo e não posso realizar .

Sou senhora de mim!

Posso dançar diante dos olhos de todos!

(que não me permitem nem mesmo caminhar)

Posso aquecer esta vaidade que é declarar-me sua

E sentir o essencial da flor: o perfume.


  
No final das contas
Acertei meus débitos e 
formalizei novos créditos.
Que riam-se de mim!!!! 
Pouco importa,

ESTOU EM PAZ.

 


 

 


 


 


 

domingo, março 18, 2012


"QUEM SABE A VIDA NOS LEVE A UM LUGAR ONDE NOSSOS OLHOS GOSTEM DE ESTAR BEM ABERTOS. QUEM SABE NOSSOS PÉS SAIBAM FICAR PLANTADOS LÁ. E CRIEM RAÍZES PARA SUSTENTAR UMA ÁRVORE. QUE HAJAM FLORES. E QUE OS FRUTOS SEJAM O AMOR. " CRISTIANE MARIA FRANÇA


segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Hoje grito ensandecida!
Somente hoje desisto;
refuto... Retiro-me.
Cansei de pensar
e ser e querer...
Cansei de estar aqui e ali.
Então recolho-me e grito pra me escutar.

Cristiane França.

terça-feira, janeiro 31, 2012

E. E. Cummings 1894-1962




nalgum lugar em que eu nunca estive, alegremente além de qualquer experiência, teus olhos têm o seu silêncio:no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram, ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado perto

teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra embora eu tenha me fechado como dedos, nalgum lugar me abres sempre pétala por pétala como a Primavera abre (tocando sutilmente, misteriosamente) a sua primeira rosa

ou se quiseres me ver fechado, eu e minha vida nos fecharemos belamente, de repente, assim como o coração desta flor imagina a neve cuidadosamente descendo em toda a parte;

nada que eu possa perceber neste universo igual ao poder de tua imensa fragilidade: cuja textura compele-me com a cor de seus continentes, restituindo a morte e o sempre cada vez que respira

(não sei dizer o que há em ti que fecha e abre; só uma parte de mim compreende que a voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas) ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas

( tradução: Augusto de Campos )

sábado, janeiro 14, 2012

quarta-feira, janeiro 04, 2012


Filha amada! Trouxe a temperança necessária para mim!
Crescerá plena no amor de sua mãe!
Seja suave seu caminho e de seu querido irmão!
Carinho meu!


Receba com alegria sua irmã!
O coração da mamãe
 está doendo... Apertando o peito...
Crescendo para aninhar meus dois filhos!!!!!